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A ocupação em Belo Horizonte

  • 25/10/2016


Na mesma linha de pensamento dos estudantes do Paraná, em Belo Horizonte, os jovens que, há cerca de quinze dias,estão acampados no Colégio Estadual Central, região Centro-Sul da cidade, prometem não recuar enquanto o governo Temer não retroceder.

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A estudante, Laura Lemos, diretora social do Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Central alega que os retrocessos desse governo golpista motiva os estudantes a permanecerem mobilizados. “O estopim de tudo isso foram a MP do Ensino Médio e a PEC 241. Não estamos satisfeitos com a forma como as coisas estão caminhando e não vamos ficar calados. Há um comando de voz que diz: ou barra essa PEC ou a gente para o Brasil.”

A tendência do movimento, segundo ela, é se fortalecer cada vez mais, pois, a resistência é o caminho da luta contra a retirada de direitos dos alunos, profissionais da educação, dos mais pobres, dos negros e das mulheres, especialmente. “Não aceitaremos o que nos está sendo imposto. Temos o desejo de uma escola melhor e queremos ser ouvidos nesses processo. Aqui em Belo Horizonte faremos mobilizações e caminhadas para dialogar com a população sobre esses assuntos.”

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 241), na opinião dos estudantes que estão acampados no Estadual Central, contradiz a validade da Medida Provisória que reformula o Ensino Médio, no momento em que corta recursos para educação e congela os investimentos por 20 anos. “Como fazer uma boa escola de tempo integral sem recursos”, questiona o estudante, Mateus Sotero, que também integra o movimento de ocupação.

 

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Já a estudante, Bruna Helena, da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), lembra: “Os estudantes estão entendendo que há perdas de direitos e que é preciso lutar para impedir esses retrocessos. Não temos dúvidas de que pessoas como Michel Temer e o Ministro Mendonça  são inimigos a serem combatidos. Porque não pegam o dinheiro de quem tem mais; não taxam as grandes fortunas? O movimento secundarista não vai perdoá-los! O nosso recado é de que não haverá arrego.”

Na capital mineira, até  o  momento,  estão ocupadas as escolas estaduais: Santos Dumont, Ricardo Souza Cruz e o Estadual Central.

Debate ampliado

Na última  quinta-feira (20/10), houve um debate entre os acampados e os alunos no Estadual Central e a atividade foi acompanhada também por diversos professores, que aproveitaram a oportunidade para discutir com os seus alunos sobre a importância política e social dessa mobilização.

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O professor de Geografia, Leonardo Muniz, mudou a rotina e levou os seus alunos para o ambiente do acampamento. “Hoje nossa sala de aula é aqui, porque queremos ouvir e aprender com os alunos que estão fazendo a resistência. Precisamos nos inteirar sobre os impactos que a PEC 241 e a reforma do ensino médio vão trazer para todos nós, alunos e professores. Esse governo não nos ouviu e pelo que se desenha está dando a sua contribuição para privatizar a educação em nosso país. Não podemos aceitar isso!”, afirmou.

Em Minas Gerais acontece ocupação de escolas públicas também em Uberlândia, Poços de Caldas, Campestre, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), campus da Pampulha, onde estudantes ocuparam o local após realizarem assembleia. A ocupação também acontece nas Universidades do Vale do Jequitinhonha e Mucuri, Viçosa, Uberlândia. Vários Institutos Federais também estão ocupados como em Diamantina, Pirapora, Muriaé, Janaúba.

Fotos: Fotos: diVera



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